PR inaugura para o país o segundo maior centro cultural de África
Cidade de Maputo (Moçambique), 28 de Setembro de 2023 – O país pode orgulhar-se de deter a segunda maior catedral cultural de África, o Centro Cultural Moçambique-China inaugurado hoje pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, que espera que este seja um local inclusivo para nutrir a consciência patriótica e fortalecer a unidade nacional na diversidade.
O centro, uma infra-estrutura imponente, moderna e com padrões internacionais, foi erguido no Campus principal da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na Cidade de Maputo, e representa, segundo afirma o estadista, a consolidação da amizade entre povos e governos da China e de Moçambique, uma relação que dada deste os tempos da luta de libertação.
Um detalhe que salta à vista é que a decisão de inaugurar esta catedral das artes e cultura acontece numa semana em que se comemora o nonagésimo aniversario natalício do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel. E para o Presidente Nyusi isto não ocorre por um mero acaso, pois Samora deixou uma “marca indelével” no imaginário moçambicano como um grande defensor e promotor da cultura como factor de afirmação e da unidade nacional.
Por isso, sublinha que este centro faz jus a um dos legados do Presidente Samora, dando espaço aos artistas com a devida dignidade para acolher as mais diversas manifestações artísticas.
“Foi sob a governação do Presidente Samora Machel que foram implementadas algumas iniciativas emblemáticas que contribuíram para a definição e o fortalecimento da nossa identidade cultural”, sublinha.
O centro ora inaugurado é fruto das “excelentes relações” históricas de cooperação e amizade vindas a manter com o “povo irmão” e Governo da China, ao mesmo tempo um exemplo de materialização do princípio de intercâmbio entre povos.
“Este é um centro de todos para pensarmos sobre este país. Queremos igualmente que este centro cultural, sendo um dos maiores e mais modernos de África, possa dinamizar não só as nossas manifestações cultuais. É um espaço construído com uma visão do futuro e com uma concepção alinhada aos novos tempos e que visam a projecção artística, cultural e não só. Estamos diante de um belo projecto e com uma infra-estrutura pesada, pensada e executada ao nível das melhores instalações do país e padrões universais”.
Assim, ao se inaugurar, hoje, estas instalações, o Presidente Nyusi afirma que se faz um convite para que se dimensione as suas esferas de influência a conhecê-las bem e utilizá-las com alguma perspectiva de prestação de serviço social, mas sempre com ambição para a criação de renda para garantir a sua sustentabilidade, porque é preciso manter.
“Esperamos que o Centro cultual, tanto do lado moçambicano quanto chinês, possa servir como uma janela de oportunidades para a difusão das artes e cultura, dando o seu contributo ao desenvolvimento abrangente da parceria estratégica entre os dois povos”, disse, entregando, por conseguinte, o espaço aos legítimos donos: fazedores das artes e cultura.
E diz mais ainda: “Como moçambicanos e artistas da nossa terra, nós temos orgulho por vocês. Exige-se de vós o sentido de pertença, capitalizando ou explorando todas as potencialidades existentes e assim contribuir não apenas para a sua manutenção, como também de maneira previsível para a renda das vossas famílias, geração atrás de geração.
O Presidente exortou aos gestores a não sossegarem enquanto não tiverem formada uma visão de futuro do centro e um mecanismo de gestão consolidada “porque este centro representa o sonho e a ambição de todos nós, que é ver a nossa cultua a florescer, e isto implica uma definição clara dos eixos de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, projecta o olhar para as várias áreas de actuação”.
O acordo para a construção do centro Cultural Moçambique-China assinara-se em 2017, tendo no ano seguinte se lançado a pedra para simbolizar o início do projecto.