MAPUTO, 26 DE AGOSTO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, lançou esta segunda-feira, na 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), o Fundo de Garantia Mutuária, com um financiamento inicial de 40 milhões de dólares norte-americanos do Banco Mundial, destinado a apoiar pequenas e médias empresas (PME). O Chefe do Estado classificou o acto como “um momento de enorme significado para o empresariado nacional”.

Ao anunciar o novo mecanismo, o Presidente Chapo sublinhou que o Governo tem recebido, de forma recorrente, sobretudo nas conferências anuais do sector privado, a preocupação sobre o difícil acesso ao financiamento.

“Sabemos que a falta de colaterais e as altas taxas de juro têm sido barreiras quase intransponíveis para as pequenas e médias empresas, que representam o coração do tecido empresarial nacional, daí a criação deste fundo, especificamente dedicado às pequenas e médias empresas, porque fazem 90 por cento da dinamização da nossa economia, da geração de renda, do emprego, principalmente para a juventude”, afirmou.

O estadista moçambicano destacou que a escolha da FACIM como palco para o lançamento do Fundo não foi aleatória, mas simbólica. “É aqui, na maior e mais importante montra promocional do país, que reafirmamos o empenho do Estado Moçambicano e do Governo da República de Moçambique que estamos a liderar em massificar o acesso a este instrumento e a viabilizar o financiamento às nossas empresas nacionais, em particular as pequenas e médias empresas”, declarou.

Dirigindo-se às instituições financeiras, o governante enalteceu os bancos que já aderiram à iniciativa e lançou um apelo a outros para que sigam o mesmo caminho. “Queremos saudar os bancos que já aderiram à iniciativa e encorajar outros a seguirem este exemplo e esperamos dos implementadores mecanismos céleres, transparentes e inclusivos, para que o Fundo chegue rapidamente a quem dele mais necessita”, frisou.

Na sua intervenção, o Presidente Chapo realçou que o Fundo de Garantia Mutuária não se resume a um simples instrumento financeiro. “Este instrumento não é apenas um mecanismo financeiro. É uma ponte para a retoma da economia moçambicana. Contamos que com estes 40 milhões de dólares norte-americanos sejam financiados cerca de 15 mil pequenas e médias empresas, na sua maioria de jovens. É uma oportunidade de transformar sonhos da nossa juventude em negócios e ideias em empregos para os jovens”, acrescentou.

O novo mecanismo vem complementar os já existentes, nomeadamente o Fundo de Recuperação Económica e o Fundo de Desenvolvimento Económico Local (FDEL), que visam dinamizar a economia e apoiar o tecido empresarial nacional em diferentes frentes. O Presidente da República reiterou que o sucesso do Fundo dependerá não apenas do Governo, mas também da adesão da banca e da capacidade de gestão dos implementadores, assegurando que a sua prioridade é criar condições para que os empreendedores moçambicanos tenham acesso real a crédito, possam expandir os seus negócios e gerar mais emprego.

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