PR encoraja professores a prosseguirem firmes na sua missão de moldar o Homem
Maputo, 14 de Outubro de 2024 – Os professores moçambicanos celebraram a 12 de Outubro o seu dia, que coincidiu com o 43º Aniversário da criação da sua agremiação, a Organização Nacional dos Professores (ONP), tendo a respeito desta efeméride o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, felicitado esta classe e reiterando o seu reconhecimento como a luz para a edificação do Moçambique que se quer.
Em mensagem endereçada aos professores moçambicanos, o Chefe de Estado deu vénias a estes profissionais pela sua dedicação na construção da nação, mas uma especial atenção dedicou aos professores que, apesar das dificuldades que enfrentam na província de Cabo delgado, impostas pelo terrorismo, continuam firmes na sua missão de educar as gerações do futuro.
Por ocasião desta data, um grupo representando os professores à escala nacional dirigiu-se esta segunda-feira ao Gabinete do Presidente da República para uma saudação ao Chefe de Estado pela passagem da data, atitude que foi prontamente enaltecida pelo Presidente Nyusi, posto que os profissionais aproveitaram a oportunidade para reiterar a sua prontidão no cumprimento da sua missão.
Em resposta, o estadista moçambicano voltou a endereçar palavras de apreço e encorajamento a estes profissionais no sentido de prosseguirem firmes no seu papel de moldar o Homem para uma sociedade cada vez mais instruída.
O governante ainda garantiu que vai-se continuar a apostar no fortalecimento da classe através da sua profissionalização, melhorando continuamente as suas condições de vida e de trabalho para um ensino de qualidade que se quer rumo ao desenvolvimento.
A saudação dos professores ao Chefe de Estado culminou com um almoço de confraternização, um espaço que serviu para estenderem as conversas sobre os mais variados assuntos relacionados ao quotidiano do professor e não só.
Entre as matérias abordadas, estão temas como os esforços empreendidos para a redução do analfabetismo, a contínua melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem e o papel do professor para o alcance deste desiderato, a educação como o maior investimento que um país pode apostar e a profissionalização dos professores.
Durante a conversa, o Presidente Nyusi reconheceu que o caminho para se chegar a uma situação ideal de alfabetização dos moçambicanos é longo, e socorreu-se do cerne do Hino Nacional de que pedra a pedra constrói-se o país para deixar claro que esta é uma luta que não tardará a ser ganha.
“Algum dia Moçambique não terá analfabetos e não falta muito. Nós estamos a construir e as bases já estão criadas. Vamos chegar a um dia em que a disparidade no acesso à educação ou crianças a estudarem sentadas no chão vai terminar. Mas para isso temos de começar agora”, disse o estadista.
Prosseguindo, afirmou que como para o seu Governo a educação é um bem comum público, não há outra escolha além de investirmos na educação para todos e sem discriminação, pois esta é o investimento mais importante que o país pode fazer, mas uma educação acessível e abrangente a todas as crianças.
Visando uma melhor educação, o Presidente da República disse esperar que os professores, em exercício da sua actividade, atinjam a excelência, que se manifesta nos seus educandos com o saber ser, saber fazer, saber estar e saber conviver com as diferenças, materializando os princípios democráticos almejados por todos.
O Chefe de Estado partilhou alguns dados que revelam os avanços que estão a ser alcançados no domínio da educação. Por exemplo, disse que entre 2015 e 2022 Moçambique conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo de 45 para 38 por cento, um avanço que encontra como desafios o contínuo crescimento populacional.
“Alcançámos na 1ª classe a taxa líquida de escolarização de cerca de 99 por cento. Estamos a dizer que em cada 100 crianças com seis anos de idade, 99 estão a entrar na 1ª classe. É isto que vai reduzir o problema do analfabetismo pela raiz. Em relação aos professores, em 2019, cerca de cinco por cento não tinham formação psicopedagógica. Hoje, praticamente todos os professores possuem formação pedagógica específica”, acrescentou.