PR defende abordagens coordenadas contra drogas
Maputo (Moçambique), 05 de Agosto de 2024 – O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, aponta para a necessidade de todos os actores envolvidos incrementarem as acções de sensibilização sobre os malefícios do uso de drogas ilícitas.
Segundo o estadista, tais abordagens revelam-se urgentes, pois os efeitos das drogas tendem a ser cada vez mais drásticos, corroendo o poder cognitivo e a auto-estima da juventude, os maiores afectados.
Avança explicando que estas acções, conjugadas com as de diferentes stakeholders da sociedade, irão amparar os jovens para que fiquem longe de substâncias nocivas à sua saúde.
“Por isso, o combate aos malefícios das drogas deve continuar a assentar no fortalecimento das estruturas institucionais, na capacitação, coordenação e capacidades das instituições directamente envolvidas, por um lado, e, por outro, numa campanha de sensibilização abrangente visando reprimir o seu tráfico e consumo, ao mesmo tempo que se eliminam as economias ilícitas que lucram com a miséria humana”, sublinha.
O Presidente Nyusi falava hoje, em Maputo, na abertura da III Reunião de Alto Nível da Comissão da África Oriental e Austral Sobre a Droga (ESACD), subordinada ao lema “Apoiando a Elaboração de Políticas e do Quadro Regulatório de Implementação do Regulamento de Cannabis na África Austral e Oriental”.
Trata-se de um evento que reúne especialistas de vária índole, que advogam a reforma das estratégias e políticas sobre a droga e o desenvolvimento de capacidades nas duas regiões.
O Chefe de Estado destacou particularmente o facto de a reunião dedicar atenção especial ao quadro regulatório da cannabis, uma droga produzida e consumida, de forma tradicional, em muitos países da região e que, nos últimos tempos, tem vindo a ser aplicada para outros fins, entre terapêuticos e comerciais.
“Por outro lado, saudamos esta iniciativa tendente a contribuir com acções concretas para a busca de soluções para o combate ao tráfico e consumo ilícito de drogas, que constitui um autêntico flagelo para os nossos países, em particular, e para o mundo, no geral”, refere.
Considerando o tráfico de drogas um crime que não conhece fronteiras, o Presidente Nyusi defende que a sua prevenção e combate exigem uma coordenação intersectorial e transversal das autoridades competentes na aplicação da lei sobre drogas, bem como entre estas e a sociedade.
Por isso, está convicto que as conclusões que irão sair do evento serão uma mais-valia para a melhoria das instituições, com destaque para o Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga.
“Os vossos subsídios, sustentados com evidências, servirão de base para as reformas políticas, legislativas e estratégicas, necessária nesta matéria tão sensível”, sublinha.