PR: ‘’Construímos a paz com base na confiança e diálogo sincero’’
Addis Abeba – 17 de Fevereiro de 2023 - Sob o lema “ Silenciar as Armas em África até 2030: Lições de Moçambique”, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, discursou hoje em Addis Abeba, na Etiópia, no evento coorganizado por Moçambique, em parceria com CHATAM House, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Comissão da União Africana (UA).
Na sua intervenção, o estadista moçambicano, acompanhado num painel de alto nível pelo Presidente das Comores, Azali Assoumani, transmitiu à comunidade internacional a experiência do país na construção da paz, tendo em conta que Moçambique é tido como um exemplo de sucesso no continente e no mundo no âmbito da estratégia da União Africana de silenciar as armas até 2030.
O Presidente Nyusi começou por afirmar que “Quando assumi a presidência em 2015, fi-lo com o compromisso de dedicar grande parte da minha vida a trabalhar para a paz efectiva, douradora e inclusiva em Moçambique”.
Com esta afirmação, o Governante diz ter acreditado que os desafios de África podiam ser resolvidos pelos africanos, bastando o compromisso político das respectivas lideranças.
O Presidente Nyusi explicou o percurso que trilhou para o encontro com Afonso Dhlakama, nas matas da Serra da Gorongosa, num processo que culminou com a assinatura do acordo de paz.
O Estadista moçambicano disse perante a plateia que os moçambicanos estão orgulhosos do que conseguiram alcançar nos últimos anos, contudo defendeu que todos tem a consciência de que a manutenção da paz é um processo inacabado, que deve ser continuamente alimentado através da tolerância, reconciliação e inclusão.
Quanto ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, (DDR) o Presidente Nyusi avançou que, volvidos pouco mais de três anos, foram abrangidos mais de 4800 homens e mulheres, que já se encontram nas suas comunidades, dos 5221 previstos.
Explanando sobre o mandato de Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Chefe do Estado aproveitou a ocasião para garantir que o país irá contribuir para agenda africana de silenciar as armas, sempre com o principio de soluções africanas para problemas africanos.
“Ao assumirmos o nosso mandato no Conselho de Segurança, queremos nos comprometer a usar a nossa humilde experiência acumulada durante o nosso próprio processo de paz para apoiar iniciativas, trabalhando proactivamente para ajudar outras nações a trilhar, com sucesso, o seu percurso rumo à paz”, frisou o Governante moçambicano.