MAPUTO, 26 DE MAIO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, desafiou hoje, em Maputo, os oficiais do Protocolo do Estado a reforçarem o rigor, a padronização e a capacidade de inovação na execução das normas protocolares, como forma de projectar uma imagem de Moçambique digna, organizada e respeitadora das normas nacionais e internacionais.

Falando na abertura do III Seminário Nacional do Protocolo do Estado, o Chefe do Estado destacou que a actuação dos profissionais da área deve combinar uniformidade com dinamismo, para responder às exigências de um país em transformação e de um mundo em constante mudança.

Realizado sob o lema “Por um Protocolo do Estado Padronizado e Dinâmico”, o evento reúne em Maputo funcionários públicos de vários níveis e sectores, incluindo representantes de empresas estatais, para reforçar a compreensão e aplicação uniforme das normas protocolares nas instituições do Estado.

O Presidente Chapo considerou o lema um “verdadeiro apelo à acção”, sublinhando que o mesmo traduz “a essência do que se espera de cada um de vós, oficiais de Protocolo do Estado, neste cenário de um Moçambique em constante evolução e de um mundo cada vez mais interconectado”.

O estadista salientou que a função do protocolo é determinante para a credibilidade do país, sendo muitas vezes um trabalho discreto, mas essencial para o bom funcionamento do Estado. “A precisão nas normas é a base sobre a qual construímos a credibilidade e a eficiência da nossa diplomacia e da nossa governação e, sobretudo, a imagem do Estado moçambicano”, declarou.

O Presidente moçambicano destacou dois pilares centrais para o funcionamento eficaz do protocolo: padronização e dinamismo. Considerou a padronização “o pilar da credibilidade”, sublinhando que todas as instituições do Estado, desde a Presidência da República até aos distritos, devem observar normas claras e uniformes. “Uma falha no Protocolo do Estado até pode provocar um ruído diplomático entre duas nações, daí a sua importância vital”, advertiu.

O dirigente enfatizou que a padronização “não é uma camisa de força”, mas sim uma base que permite profissionalismo e consistência nas cerimónias, evitando embaraços e assegurando que “desde a recepção de um Chefe de Estado estrangeiro à organização de uma cerimónia interna, deve haver uma coerência e uniformidade inquestionáveis”.

Quanto ao dinamismo, o Presidente da República apontou-o como “o motor da eficiência”, considerando que, num mundo em rápida transformação, os agentes de protocolo devem ser proactivos, adaptáveis e inovadores, dominando profundamente as normas para aplicá-las com inteligência e discrição. “O Protocolo do Estado não pode ser uma ilha estática nesse oceano de mudanças constantes”, disse.

O Chefe do Estado exortou os participantes a investirem na formação contínua e na partilha de experiências, destacando que os oficiais de protocolo são “os verdadeiros embaixadores da organização e da dignidade do nosso país” e que o sucesso do protocolo representa o sucesso do próprio Estado moçambicano.

O Presidente Daniel Chapo apelou à salvaguarda da identidade do Estado, recordando que, apesar da diversidade étnico-cultural e religiosa do país, o Estado moçambicano é uno e indivisível, devendo, por isso, seguir normas protocolares únicas. “Quando regressarem aos vossos postos de trabalho, depois deste Seminário nacional, esperamos que nos enviem propostas de um cronograma de réplica dos conhecimentos aqui adquiridos”, instou, reafirmando o apoio do Gabinete do Protocolo do Estado e da Escola de Diplomacia da Universidade Joaquim Chissano nesse processo de disseminação e capacitação.

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