MAPUTO, 13 DE NOVEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, lançou hoje no distrito de Dondo, província de Sofala, a Campanha Agrária 2025/2026 sob o lema “Trabalhar a Terra é Criar Riqueza para Moçambique”, reafirmando a terra como “o coração da nossa liberdade e o motor do nosso futuro”.

O Chefe do Estado destacou que, após 50 anos da independência nacional, o novo ciclo da soberania do país se consolida com a produtividade e a transformação do campo, estabelecendo metas ambiciosas como a produção de 3,4 milhões de toneladas de cereais e a expansão da agro-industrialização.

O evento, realizado no posto administrativo de Mafambisse, foi descrito pelo Presidente Chapo como um “acto ímpar de celebração sobre um dos activos mais preciosos do povo moçambicano: a terra.” O governante dirigiu uma saudação especial à mulher moçambicana, em particular à mulher rural, pelo seu papel central na produção de alimentos, na educação da família e na preservação da esperança nas comunidades, chamando-a de “espinha dorsal” da produção nacional,

O Chefe do Estado usou a efeméride dos 50 anos da independência como o pano de fundo central do seu discurso, contextualizando a Campanha Agrária na continuação do sonho de 1975. “Quando Samora Moisés Machel proclamou a independência nacional […] não libertava apenas o território, mas também a terra e os Homens,” disse, salientando que a agricultura continua a ser “a base da nossa independência económica”.

Para o governante moçambicano, a missão actual é clara: “Continuar a libertar a terra pela produtividade, pela tecnologia e pela criação de riqueza e, sobretudo, pelo aumento da produção e produtividade, do combate à fome e da segurança alimentar para todos os moçambicanos”. Por conseguinte, resumiu o desafio como um novo ciclo da soberania nacional, de produzir e transformar a produção local tanto para consumo interno como para exportação.

Durante o evento, o Presidente Chapo realizou a sementeira simbólica de arroz, um momento que considerou “profundamente simbólico,” e visitou a Feira Agro-pecuária e Pesqueira, onde observou “o talento e a criatividade dos nossos produtores, pescadores e empresários e empresárias.” O conjunto destes actos traduz, segundo o governante, o espírito do lema da Campanha, que é “mais do que uma frase: é um programa de vida nacional”.

A visão estratégica do Governo para o sector agrário assenta em três pilares, conforme descreveu: “Um sector privado forte e inovador, uma juventude engajada e capacitada” e a “mulher rural empoderada. Explicou que o objectivo do governo é transformar a agricultura de subsistência em produção capaz de alimentar o país, gerar empregos e contribuir para a estabilidade macroeconómica através da substituição de importações e geração de divisas.

Na busca pela transformação do sector, o Governo anunciou a implementação de reformas estruturantes, destacando a “revisão da Lei de Terras, que garantirá acesso justo e produtivo à terra, com prioridade à juventude e à mulher rural”. Outras medidas incluem o reforço das instituições de investigação agrária e a consolidação da parceria público-privada para que o sector privado seja o motor da inovação.

O Presidente Daniel Chapo definiu metas concretas e ambiciosas para a campanha, visando, além da produção de cereais, o aumento de 13 por cento na castanha de caju e o crescimento de 26 por cento na produção de ovos. Para terminar, o Chefe do Estado apelou à união de todos – Estado, sector privado, parceiros e produtores – para o sucesso da campanha, enfatizando que “foi pela terra que lutámos é na terra que hoje trabalhamos e será pela terra que conquistaremos a nossa independência económica.” A cerimónia culminou com o Presidente da República a declarar oficialmente o lançamento da Campanha Agrária 2025/2026.

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