MAPUTO, 28 DE OUTUBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou esta segunda-feira, em Washington, que Moçambique está a reforçar a parceria com a Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) dos Estados Unidos da América, no âmbito da diplomacia económica, visando mobilizar mais financiamento para projectos estratégicos de energia, infra-estruturas, agricultura, indústria e turismo, com o objectivo de criar emprego e melhorar as condições de vida dos moçambicanos.

Falando à imprensa após um encontro de trabalho com a instituição norte-americana, o Chefe do Estado destacou que a cooperação com a DFC já permitiu o avanço de investimentos relevantes no país e deve ser expandida.

“Viemos para aqui porque já temos uma excelente relação com a DFC. O objectivo que nos levou a vir aqui é reforçar a nossa diplomacia económica”, afirmou.

Entre os projectos já financiados pela DFC, o Presidente da República apontou a construção da Central Térmica de Temane, na província de Inhambane, de cerca de 450 MW, e a Linha de Transmissão Temane-Maputo, além de apoios ao sector do gás natural liquefeito no Rovuma. “Temos também financiamentos para a área de seguros para os projectos de LNG no Rovuma, cerca de 1,5 biliões de dólares norte-americanos”, detalhou.

O estadista referiu igualmente a iniciativa de implantação de uma central eléctrica em Namaacha, na província de Maputo, estimada em 150 milhões de dólares, acrescentando que outros investimentos encontram-se em fase de preparação. “Então, o primeiro objectivo era realmente vir aqui agradecer e reforçar cada vez mais as nossas relações de amizade e cooperação”.

Outrossim, informou ao DFC que Moçambique pretende consolidar-se como uma referência regional no fornecimento de energia eléctrica, dada a procura crescente na África Austral. “A nossa intenção como Estado, como país, é nos tornar um hub no fornecimento de energia eléctrica na região da SADC, uma vez que os nossos países vizinhos estão a enfrentar problemas sérios de energia”, afirmou.

Nesse sentido, destacou que o país está a expandir Hidroeléctrica de Cahora Bassa e a acelerar o projecto Mphanda Nkuwa, com capacidade prevista de 1.500 MW, para reforçar a oferta interna e a exportação de energia. “O nosso objectivo é construir mais centrais e linhas de transmissão para a exportação de energia eléctrica”.

O Chefe do Estado indicou que apresentar à DFC oportunidades de investimento noutros sectores prioritários também fez parte da agenda do encontro. “Para além de energia, temos agricultura, temos a indústria, temos infra-estruturas e temos o turismo, e que temos vários projectos nessas áreas todas, que achamos que é extremamente importante apostarem em Moçambique”.

No turismo, citou o interesse suscitado pela presença do Grupo Aman no país, e renovou o convite para que investidores internacionais participem na Conferência Internacional do Turismo, de 3 a 4 de Novembro, em Vilankulo, província de Inhambane.

Já no domínio das infra-estruturas, destacou o desenvolvimento do Corredor de Nacala como factor estratégico para o escoamento de minerais da Zâmbia, Malawi e, futuramente, do leste da RDC. O objectivo é elevar o corredor ao patamar de polo regional de crescimento económico, semelhante ao Corredor do Lobito, em Angola.

O Presidente Daniel Chapo manifestou satisfação com a abertura demonstrada pela DFC e o potencial dos projectos apresentados, reiterando o impacto social esperado do investimento. “Achamos que com mais projectos deste género vamos, sem margem de dúvidas, desenvolver o país, que é o nosso objectivo principal: criar emprego para a juventude; criar emprego para as mulheres, para os homens e, sobretudo, gerar rendas para as famílias e criar melhores condições de vida para o povo moçambicano”.

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