MAPUTO, 25 DE SETEMBRO DE 2025 – O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Daniel Francisco Chapo, presidiu hoje, na cidade da Matola, às cerimónias centrais do 61.º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional e Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

No seu discurso, o Chefe do Estado exaltou a bravura e a coragem das FADM, reconhecendo o papel fundamental que desempenham na preservação da soberania e integridade territorial do país.

O Presidente da República recordou o contexto histórico que levou à eclosão da luta armada em 1964, sublinhando que foi um acto de coragem sem precedentes. “Inclinamo-nos em vénia à heróica Geração 25 de Setembro, que, sem olhar para as consequências, embarcou numa guerra que nos levou à Independência do país”, afirmou, apelando para que este legado seja fonte de inspiração para as novas gerações.

O estadista moçambicano destacou ainda que a data 25 de Setembro é mais do que o Dia das Forças Armadas – é uma celebração de todo o povo moçambicano. “Esta data é de festa para todos os moçambicanos, sem distinção”, sublinhou.

Ao dirigir-se directamente às FADM, o Presidente Chapo declarou: “Queremos, aqui e agora, renovar o nosso respeito e reconhecimento pela vossa valentia, coragem e tenacidade na defesa da integridade territorial, da soberania do nosso país e da nossa independência nacional”.

O Chefe de Estado estendeu igualmente o reconhecimento à Força Local e às forças amigas do Ruanda, da Tanzânia, que têm estado lado a lado com Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

O Presidente moçambicano lembrou que, desde 2017, as FADM enfrentam o desafio do terrorismo. Destacou que, apesar da complexidade desta ameaça, os militares moçambicanos têm dado provas de coragem, disciplina e resiliência, reconquistando territórios e permitindo o regresso de milhares de deslocados às suas comunidades.

“A segurança em Cabo Delgado melhorou quando comparada de há três ou quatro anos, pois hoje há condições básicas para a circulação de pessoas e bens com relativa segurança”, disse. Contudo, alertou para as mutações da actuação terrorista, incluindo o uso de engenhos explosivos improvisados, ataques a estradas e sequestros de civis.

Para responder a esses desafios, o Presidente da República orientou os três pilares das Forças de Defesa e Segurança a traçarem estratégias eficazes para “incinerar o terrorismo em Moçambique”, sublinhando que “quem deve tomar a dianteira somos nós, moçambicanos, e não os nossos irmãos de países amigos”.

Outrossim, destacou também os esforços de modernização das FADM, que passam pela formação contínua, actualização doutrinária e investimento em equipamentos modernos, de forma a responder a novas ameaças, como o crime organizado, a segurança cibernética e os desastres naturais.

O Chefe do Estado lembrou o papel solidário das FADM em missões de apoio humanitário, como nos ciclones Idai, Kenneth e Gombe, assim como a participação de Moçambique em missões de paz em países irmãos, reforçando o compromisso do país com a paz e a estabilidade no continente.

A cerimónia ficou ainda marcada pela atribuição de 724 condecorações, entre as quais as Ordens Samora Machel do Primeiro e Terceiro Graus, Amizade e Paz, bem como Medalhas de Veterano da Luta de Libertação Nacional, de Mérito Militar, da Polícia, e distinções nas áreas da agricultura, artes e letras, desporto e trabalho.

Segundo o Presidente Chapo, estas distinções representam um gesto simbólico de gratidão do Estado pelo sacrifício e contribuição dos cidadãos na edificação da Nação.

Na parte final da sua intervenção, o Chefe do Estado moçambicano destacou que a bravura das FADM deve servir de inspiração para a nova batalha nacional: a luta pela independência económica. “Que o exemplo dos nossos veteranos e das Forças Armadas seja fonte de inspiração dos demais grupos socioprofissionais a embarcarem na luta pela Independência Económica de Moçambique, cujos alicerces já começamos a implantar”, declarou. O Presidente da República reiterou a confiança no futuro do país, com a força e união do povo. “Bem-haja o 25 de Setembro! Viva o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique! Viva Moçambique e os Moçambicanos! Unidos do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Índico e na Diáspora, venceremos!”, concluiu.

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