 
				MAPUTO, 24 DE SETEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, avaliou como “extremamente positiva” a sua visita de trabalho aos Estados Unidos da América, sublinhando que os encontros mantidos em Nova Iorque reforçaram a imagem internacional de Moçambique e abriram novas perspectivas para a cooperação nos domínios da energia, democracia, desenvolvimento económico e saúde pública.
O Chefe do Estado explicou que a presença de Moçambique nas Nações Unidas, no ano em que o país celebra os 50 anos da Independência e da sua integração como membro de pleno direito da ONU, permitiu transmitir uma mensagem clara sobre a urgência da reforma da organização.
“Achamos que a África devia ter assento no Conselho de Segurança como membro permanente das Nações Unidas”, afirmou, defendendo maior representatividade do continente na tomada de decisões globais.
No plano económico, o líder moçambicano destacou os encontros com a ExxonMobil, empresa envolvida no projecto de gás natural liquefeito na bacia do Rovuma. “Nós temos que acarinhar a ExxonMobil para levar a cabo este projecto”, disse, reforçando a importância estratégica do sector energético para a industrialização e o crescimento nacional.
Mais um momento que considerou relevante, entre outros, foi a reunião com o antigo Primeiro-Ministro britânico Tony Blair, através do Instituto que dirige. O Presidente Chapo sublinhou que partilhou com o antigo governante a visão de desenvolvimento de Moçambique nos sectores da agricultura, educação, saúde, turismo, energia e industrialização, acrescentando que também foi discutido o apoio ao diálogo nacional inclusivo.
“Falámos também sobre a necessidade do apoio relacionado com o diálogo nacional inclusivo que estamos a levar a cabo neste momento para consolidarmos a democracia, o Estado de Direito e também a estabilidade política, económica e social do país”, afirmou.
O Presidente da República realçou igualmente um encontro com filantropos ligados à conservação ambiental, apontando que a reunião permitiu reforçar o posicionamento do país como destino prioritário para investimentos em conservação e turismo sustentável. “Neste encontro lançamos mais uma vez Moçambique”, sublinhou.
Ademais, aproveitou ainda a ocasião para agradecer ao governo norte-americano por três decisões que considera de grande impacto. A primeira foi a aprovação de 4,7 mil milhões de dólares pelo Banco de Exportação e Importação dos EUA para financiar o projecto de gás natural liderado pela TotalEnergies na bacia do Rovuma.
O governante destacou também a decisão de incluir Moçambique como único país da África Austral elegível para implementar o novo compacto do Millennium Challenge Corporation (MCC), avaliado em 500 milhões de dólares, numa altura em que outros países da região foram excluídos. Por fim, valorizou a aprovação, pelo governo norte-americano, da introdução de um novo medicamento injectável para o tratamento do HIV, a ser administrado apenas duas vezes por ano. “É um grande avanço, porque actualmente os nossos irmãos que vivem com HIV têm que tomar medicamentos todos os dias”, afirmou, sublinhando que a medida terá impacto directo na melhoria da qualidade de vida dos doentes em Moçambique.
