MAPUTO, 22 DE SETEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou este domingo (segunda-feira em Moçambique), em Nova Iorque, que o país está aberto ao investimento estrangeiro e aposta na educação e capacitação dos jovens como pilares do seu desenvolvimento sustentável.

O Chefe do Estado falava na 41ª Gala Anual do Africa-America Institute, inserida na Semana de Alto Nível da 80ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU, onde sublinhou que Moçambique reúne condições para se tornar um polo estratégico de energia, turismo, agricultura e infra-estrutura na África Austral.

Durante a sua intervenção, o Presidente Chapo destacou as potencialidades nacionais e a visão de futuro que guia o seu executivo, fazendo menção ao potencial existente em turismo, agricultura, infra-estrutura, além de um capital humano jovem.

Sublinhando que “a África é o futuro”, o Chefe do Estado destacou a necessidade urgente de criação de empregos para a juventude africana. “Você sabe que a África é o futuro. Em todos os países da África, nós temos pessoas jovens. Mas o nosso grande desafio é como nós podemos criar empregos para as pessoas”, referiu.

O estadista moçambicano destacou ainda as vantagens competitivas do país no sector energético e turístico. “Nós temos recursos minerais, nós temos muito potencial em turismo. Nós temos algo como mais de 2700 quilómetros de linha de costa, ilhas lindas, praias lindas. Moçambique é um paraíso para fazer turismo”, frisou.

O dirigente recordou também os grandes investimentos em curso no sector energético, com a participação de multinacionais como a ExxonMobil, ENI e TotalEnergies. “Nós pensamos que com o LNG em Moçambique, no futuro, nós seremos um parque para produzir energia, porque a nossa localização em Moçambique é boa, e nós temos uma boa relação com nossos vizinhos da SADC”, afirmou.

Na mesma linha, referiu-se à construção de uma central de energia em Inhambane e uma nova linha de transmissão para Maputo, destinada a reforçar as exportações de electricidade para a África do Sul e outros países vizinhos. “Nós temos hidroeléctrica, nós chamamos de Cahora Bassa, mas nós queremos fazer a segunda fase da hidroeléctrica, e nós temos novos projectos, como o projecto Mphanda Nkuwa”, adiantou.

No campo das infra-estruturas, o Chefe do Estado destacou os corredores logísticos de Maputo, Beira e Nacala como estratégicos para o comércio regional e internacional. “Nós pensamos que o corredor Nacala é o nosso corredor estratégico. (…) É muito importante ter logística para exportar minerais críticos do Congo para Nacala, e de Nacala para o mundo, talvez de Nacala para os EUA”, disse.

O Presidente da República reiterou o apelo ao investimento estrangeiro, sublinhando o quadro legal favorável à Parceria Público-Privada (PPP). “É por isso que queremos convidar o sector privado da América para vir a Moçambique fazer negócios em turismo, em infra-estrutura, em agricultura, em indústria, e negócios em nosso país, porque nós temos um bom ambiente para abrir Moçambique ao mundo”, declarou.

No fim, o estadista valorizou a educação como motor do desenvolvimento e evocou figuras históricas do país ligadas ao Africa-America Institute, entre as quais Eduardo Chivambo Mondlane e Joaquim Alberto Chissano, respectivamente o arquitecto da unidade nacional e antigo Presidente de Moçambique. “É por isso que eu quero agradecer muito ao Africa-América Institute”, afirmou, concluindo que “em Moçambique nós sempre estamos trabalhando juntos para dar educação e habilidades para nossos jovens, porque nós sabemos que os jovens são nosso futuro”.

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