
MAPUTO, 12 DE SETEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, apontou hoje a agricultura, o agronegócio e o turismo como alguns dos sectores estratégicos para a criação de empregos em Moçambique, defendendo que a agenda laboral deve orientar todas as políticas de desenvolvimento.
O Chefe do Estado partilhou esta visão com o vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral, Ndiamé Diop, durante um encontro em Maputo que abordou oportunidades de investimento na ordem de 50 mil milhões de dólares norte-americanos.
O encontro, realizado na Presidência da República, teve como objectivo discutir com o governo e o Presidente da República as principais prioridades da cooperação existente, alinhando cinco áreas prioritárias para o desenvolvimento económico e social do país, com especial destaque para a criação de empregos.
A visita do vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral sucede à passagem do Presidente da instituição financeira, Ajay Banga, em Julho último, com quem o Presidente Chapo também abordou as prioridades da cooperação.
“Ele nos contou a sua visão sobre o que precisa ser desenvolvido no sector agrícola. Há grandes investimentos que podem chegar a Moçambique. Há cerca de 50 biliões, que é muito dinheiro. Mas ele realmente insistiu na necessidade de desenvolver agricultura, agronegócio e turismo para criar empregos. E nós concordamos com ele. É fundamental criar empregos e a agenda de empregos deve ser o centro em tudo o que fazemos”, disse Ndiamé Diop, em declarações à imprensa.
Segundo Diop, com os objectivos claramente definidos, o Banco Mundial pretende estar em contacto com essas prioridades, trabalhando com o governo para identificar programas potenciais a serem desenvolvidos, garantindo apoio efectivo em cinco áreas principais.
As áreas de foco incluem o sector energético, considerado de elevado potencial devido aos recursos existentes e à procura crescente; a agricultura e o agronegócio, cruciais para a economia moçambicana; e o sector turístico, também apontado como uma oportunidade estratégica de crescimento.
Outras prioridades mencionadas são os corredores de desenvolvimento, essenciais para o turismo, agricultura, comércio regional e integração digital; e, finalmente, o desenvolvimento da força laboral, para apoiar a criação de competências necessárias ao investimento do sector privado.
O encontro abordou também os desafios fiscais do país, com o Banco Mundial comprometido em oferecer apoio. “Nós estamos comprometidos a apoiá-los com um sentido de urgência, porque esses desafios são muito importantes”, disse Diop. O responsável acrescentou que a instituição trabalha em coordenação com o Fundo Monetário Internacional para assegurar um acompanhamento eficaz. A cooperação entre as duas instituições financeiras visa fortalecer a capacidade do país de gerir a sua economia de forma sustentável e eficaz.