MAPUTO, 05 DE SETEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, destacou esta sexta-feira, em Argel, a importância de preservar e valorizar o património histórico e cultural como motor de desenvolvimento turístico em Moçambique, sublinhando que experiências internacionais, como as de Tipaza na Argélia, podem ser uma referência útil para o país.

Após visitar o Museu Histórico de Tipaza, classificado como Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Chefe do Estado realçou o significado do local e a sua ligação com a civilização romana. “É um valor patrimonial histórico, incluindo até arqueológico, como estão a ver. Isto foi construído no tempo do Império Romano, portanto, antes até da chegada dos árabes. Por isso que a civilização aqui, se reparar, é romana”, afirmou.

O estadista moçambicano observou ainda a importância da preservação para a transmissão às gerações futuras. “O outro aspecto importante que nós queríamos fazer referência aqui é a questão da manutenção deste monumento, que é extremamente importante para as futuras gerações”, disse, sublinhando que Moçambique possui exemplos que podem seguir esta mesma lógica de valorização.

Ao estabelecer paralelismos, o Presidente Chapo mencionou a Ilha de Moçambique, primeira capital do país e igualmente Património Mundial da UNESCO, além de outros locais de relevância histórica e arqueológica. “Temos também várias zonas arqueológicas, como o Manyikeni, que está em Vilankulo, em Inhambane, que serviu na altura do Império Monomotapa, que era um centro comercial para a exportação, do hinterland para várias partes do mundo”, referiu.

O Chefe do Estado destacou a ligação destas rotas comerciais à história universal. “A Rota de Seda, que se faz referência hoje, na Ásia, passava por aquela zona. E nós achamos que é preciso transportar estas experiências para Moçambique, porque não só valem para a história, para a arqueologia, mas também para o turismo”, frisou.

Segundo o governante, Tipaza constitui um exemplo claro de como o turismo pode ser um motor económico. “Tipaza é uma cidade meramente turística e agrícola. Portanto, a sua economia é feita pelo turismo e agricultura. E as visitas a estes locais são muito importantes, e esta experiência é de transportar para Moçambique”, observou.

O estadista referiu igualmente outros exemplos nacionais com potencial para alavancar a economia através da preservação e promoção do património. “Temos também, como sabem, o Parque [Nacional] de Maputo, que foi também reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO”, destacou.

Outrossim, defendeu que a protecção e valorização destes locais devem estar associadas à educação e ao fortalecimento da identidade nacional. “Temos falado que precisamos de educação cívico-patriótica por parte da juventude, mas é importante também falarmos da nossa história, porque quem não tem o passado, não tem o presente, não consegue projectar o futuro”, sublinhou. Concluindo, o Presidente Daniel Chapo reafirmou a necessidade de transformar o património moçambicano em activos sustentáveis. “Para nós, esta experiência é bastante importante, como moçambicanos, transportarmos para Moçambique e transformarmos os nossos activos em activos importantes para geração de renda para o país, através do turismo, e contarmos a nossa história, para preservarmos a nossa história, e também consolidarmos a questão da educação cívico-patriótica para a nossa juventude”, afirmou.

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*