MAPUTO, 25 DE JUNHO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, destacou na noite desta Terça-feira, em Maputo, a importância da cultura como guardiã da memória histórica e promotora da unidade nacional, após assistir à Gala da Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD), realizada no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional.

Enaltecendo a exposição e o bailado apresentados, o Chefe do Estado afirmou que o espectáculo traduziu, com arte e emoção, o percurso do povo moçambicano, desde as suas origens até aos dias de hoje, com uma forte mensagem de paz, reconciliação e coesão social.

A gala contou com dois momentos centrais – uma exposição temática e um bailado histórico – que, nas palavras do Presidente Chapo, permitiram ao público revisitar os principais marcos da construção da nação moçambicana. “Uma grande gala, começando pela exposição, deu muito bem para perceber o nosso percurso. Estou a falar do percurso da nossa história, onde é que nós saímos, onde é que nós estamos e para onde é que nós vamos”, afirmou, em declarações à imprensa.

O Chefe do Estado destacou o mérito da organização da exposição como prelúdio do bailado, valorizando a sequência narrativa e pedagógica do espectáculo. Sublinhou que ambas as componentes permitiram compreender as raízes culturais e históricas do país, promovendo, simultaneamente, o sentimento de pertença nacional, especialmente entre os jovens.

Sobre o bailado, o governante referiu que este reconstituiu os principais capítulos da história moçambicana, desde a época anterior à chegada de influências externas até aos nossos dias. “O bailado, em si, conta a nossa história desde a altura antes da chegada dos povos árabes, mas também do povo português. Nós conseguimos perceber a história desde a nossa origem até ao período colonial, a luta de libertação nacional, a proclamação da nossa independência e o processo de sequência das nossas lideranças”.

Para o Presidente moçambicano, a peça artística serviu também para homenagear o esforço colectivo do povo moçambicano na construção de uma nação digna e soberana. “O desempenho, a dedicação, a responsabilidade e a competência pelo povo moçambicano, sobretudo a criação de melhores condições de vida para o povo moçambicano” estiveram reflectidos ao longo da apresentação, frisou.

O estadista dirigiu felicitações à direcção da CNCD, com menção especial ao gestor cultural David Abílio. “Gostaria de endereçar esta ocasião para endereçar os parabéns à direcção da Companhia Nacional de Canto e Dança, ao nosso ícone da cultura moçambicana David Abílio pela excelente execução, sobretudo deste bailado, e por todos os artistas”.

Particular destaque foi dado ao desfecho do bailado, que evocou a Chama da Unidade Nacional, símbolo da coesão entre moçambicanos de todas as regiões do país. “A coisa mais interessante é a mensagem com que o bailado fecha, que é a mensagem da unidade nacional, a mensagem da paz, a mensagem da reconciliação e, sobretudo, harmonia entre o povo moçambicano”.

Referindo-se à recente trajectória da Chama da Unidade Nacional, lançada a 7 de Abril em Nangade, em Cabo Delgado, o Presidente Daniel Chapo sublinhou a aspiração colectiva dos cidadãos. “Durante o percurso da Chama [ouvimos] a principal mensagem do povo moçambicano: queremos a paz, queremos a paz, queremos a reconciliação, queremos um desenvolvimento sustentável”. O estadista apelou à continuidade dos esforços pela paz e reconciliação como base do desenvolvimento económico e social do país, e deixou um convite aberto e reiterado à participação nas cerimónias centrais do 25 de Junho. “Amanhã todos os caminhos devem ir dar ao Estádio da Machava, porque é o palco da proclamação da independência no dia 25 de Junho de 1975, e nós queremos que 50 anos depois possamos festejar no mesmo local”.

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