
MAPUTO, 19 DE MAIO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu esta Segunda-feira, em Maputo, o embaixador da República de Angola, José João Manuel, que apresentou cumprimentos de despedida por ocasião do término da sua missão diplomática em Moçambique. A audiência marcou o encerramento de um ciclo de cinco anos de representação angolana, período em que as relações entre os dois países conheceram avanços considerados significativos.
Em declarações à imprensa após o encontro, o embaixador manifestou satisfação pelo percurso realizado e agradeceu o apoio recebido das autoridades moçambicanas. “Eu estive aqui cerca de cinco anos a trabalhar. Tive o apoio total do Governo de Moçambique e das instituições moçambicanas. Isto, com certeza, facilitou muito o meu trabalho aqui e permitiu que nós trabalhássemos para o contínuo reforço das relações de amizade e de cooperação bilateral entre Angola e Moçambique”, afirmou.
Segundo José João Manuel, o período do seu mandato foi marcado não apenas pelo reforço, mas também pela ampliação das relações bilaterais. “Durante esses cinco anos, Angola e Moçambique puderem não só reforçar as suas relações, como também puderam ampliar essas mesmas relações”, disse, acrescentando que oito acordos foram assinados nesse intervalo, três dos quais durante a recente visita do Presidente Daniel Chapo a Angola.
O diplomata destacou que essa dinâmica reflecte o compromisso político existente entre os dois países e apontou para a vitalidade das relações. “Pode-se ver que as relações entre os dois países são excelentes, e até certo ponto dinâmicas”, afirmou.
Contudo, o embaixador reconheceu que o domínio económico ainda representa um desafio comum. “Entendemos que Angola e Moçambique têm os mesmos desafios, desafios da diversificação da economia. E neste preciso momento o que se pretende é dar um outro dinamismo à cooperação económica e das trocas comerciais”.
José João Manuel manifestou expectativa de que os entendimentos alcançados durante a visita do Chefe do Estado moçambicano a Angola resultem num impulso concreto a esse nível. “Esta visita do Presidente Chapo, com certeza, vai permitir que isto venha a acontecer num curto espaço de tempo”, disse.
Num balanço pessoal e emotivo da sua estadia, o embaixador sublinhou o acolhimento de que foi alvo em Moçambique. “Neste momento de saída, de fim de missão, não podia deixar de agradecer o Governo de Moçambique e o povo moçambicano, que me acolheram com muita simpatia, com muita amizade. Eu senti-me em casa”.
O sentimento de proximidade, segundo referiu, resulta da afinidade histórica e cultural que une os dois povos. “Em Moçambique sempre me senti em casa, não tanto por ser bem acolhido, mas por tudo que representa Moçambique para Angola e Angola para Moçambique: há uma amizade histórica, há uma amizade muito forte que nos une, para além de que Angola e Moçambique têm quase os mesmos hábitos e costumes”. “Portanto, senti-me perfeitamente em casa e saio daqui muito satisfeito. Muito obrigado, povo moçambicano”, concluiu o diplomata.