MAPUTO, 13 de MAIO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, reafirmou esta terça-feira, em Catandica, sede distrital de Báruè, província de Manica, o seu compromisso com uma governação próxima do cidadão, tendo escutado atentamente as preocupações da população local, que prometeu transformar em instrumentos de governação para melhorar as condições de vida.

O Chefe do Estado falava durante um comício popular, no âmbito da sua visita de trabalho à província, que visa o acompanhamento directo dos programas de desenvolvimento e o fortalecimento da governação participativa.

“Quando tomámos posse, dissemos que iríamos fazer uma governação mais próxima do povo, e fazer uma governação mais próxima do povo é sair do gabinete e vir ao encontro do povo, ouvir as preocupações da população. E através da vossa mensagem nós ouvimos as preocupações de Catandica e as preocupações de Báruè. Nós levámos a mensagem para que as vossas preocupações sirvam de nosso instrumento de trabalho”, declarou o Presidente Chapo perante uma multidão que o acolheu com entusiasmo.

Durante o comício, os cidadãos de Catandica reconheceram os esforços do Governo liderado pelo Presidente Daniel Chapo, destacando os primeiros 100 dias como demonstrativos de uma liderança comprometida com o bem-estar da população. A população encorajou o governante a prosseguir com o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, e apelou à construção de mais escolas, centros de saúde, estradas, bem como sistemas de irrigação e mecanização agrícola para impulsionar a produção e o escoamento dos excedentes.

O estadista moçambicano sublinhou a importância do diálogo inclusivo e da confiança nas instituições eleitorais, usando uma analogia com o futebol para apelar à serenidade e respeito pelos resultados eleitorais: “As eleições deviam ser como um jogo de futebol. Na política não há inimigos. […]. Quem diz que uma equipa ganhou não é a própria equipa, mas um árbitro. […] Acabou o jogo, as equipas cumprimentam-se e ficam à espera de outro jogo”.

O Presidente da República condenou de forma veemente os actos de violência, vandalização e sabotagem de infra-estruturas públicas e privadas registados após as eleições, reforçando que tais comportamentos apenas prejudicam o próprio povo. “Quando nós estamos a destruir um sistema de abastecimento de água, quem vai precisar amanhã somos nós; por isso, as manifestações violentas, criminosas e ilegais não ajudaram a ninguém, incluindo aqueles que fizeram”, alertou.

O Chefe do Estado recordou que a paz, a unidade nacional e a reconciliação são pilares fundamentais para o progresso. “A violência gera violência, o ódio gera ódio. Por isso nós temos que semear a paz, temos que semear amor ao próximo, semear perdão, semear reconciliação entre o povo moçambicano, porque não há nenhum desenvolvimento sem paz e segurança”, afirmou, apelando à acção de cada cidadão para manter o ambiente propício ao desenvolvimento.

Ademais, fez ainda referência aos ganhos alcançados ao longo dos 50 anos da independência nacional, ganhos que, segundo ele, devem ser valorizados e defendidos, por representarem conquistas do povo moçambicano em todos os sectores. Sublinhou também que o desenvolvimento só é possível com trabalho árduo e compromisso colectivo. “Não temos como desenvolver Moçambique sem trabalho. Temos que trabalhar”, frisou.

O trabalho, reiterou, não se limita ao emprego formal: “O trabalho que estou a dizer aqui não é o emprego só, onde há um patrão e um empregado. É trabalhar a terra para produzir comida e com esta produção vender para fazer dinheiro, uma parte, e outra parte guardar”. Incentivou à auto-suficiência alimentar como pilar de soberania e desenvolvimento económico. O Presidente da República agradeceu à população pelo apoio nas eleições gerais de Outubro de 2024, renovando o compromisso com o desenvolvimento local e nacional. “Nós passámos aqui durante a campanha eleitoral e dissemos que quando ganharmos as eleições havemos de voltar a Manica, havemos de voltar a Báruè, aqui em Catandica, para virmos dizer muito obrigado”, afirmou, sublinhando que a sua presença em Catandica representa a continuidade do diálogo directo com o povo como base da governação.

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