MAPUTO, 30 DE ABRIL DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu hoje, em audiência no seu Gabinete, o embaixador da República Popular da China, Wang Hejun, que se despede de Moçambique após cumprir o seu mandato diplomático iniciado em 2020. Na ocasião, o diplomata chinês destacou os avanços significativos registados nas relações entre os dois países, com ênfase no crescimento do comércio bilateral, investimentos estratégicos e obras de infra-estruturas que simbolizam uma parceria sólida e frutífera.

Falando à imprensa após a audiência, Wang Hejun expressou gratidão pela colaboração desenvolvida ao longo do seu mandato, sublinhando a importância dos laços históricos entre os dois países. “Estou muito feliz de terminar o meu mandato, e eu já volto para a China na próxima semana. Eu estou muito honrado por ter contribuído para o desenvolvimento das relações de amizade entre os dois países”, afirmou.

O embaixador referiu que Moçambique e China têm uma amizade de longa data, que tem gerado resultados concretos, sobretudo nos últimos anos. “A nossa amizade entre os dois países tem uma longa história e está a ter cada vez mais frutos. E nos últimos anos temos profundos avanços nas cooperações nas várias áreas”, declarou.

Um dos indicadores do fortalecimento das relações bilaterais, segundo Wang, é o volume do comércio entre os dois países, que atingiu 5,6 mil milhões de dólares norte-americanos em 2024. Do lado dos investimentos, a China já canalizou para Moçambique cerca de 9,5 mil milhões de dólares, consolidando-se como um dos principais parceiros económicos do país.

O diplomata destacou ainda a materialização de importantes projectos de infra-estruturas como reflexo do compromisso da China com o desenvolvimento de Moçambique. “Tem muitos mais frutos tangíveis. Por exemplo, a ponte Maputo-KaTembe, e também os edifícios da Presidência e do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação são os frutos concretos das nossas cooperações”.

Wang Hejun reconheceu também o apoio firme de Moçambique às posições chinesas em fóruns internacionais, o que, segundo ele, demonstra o elevado nível de confiança política entre os dois Estados. “Claro que nas questões relacionadas aos interesses substanciais da China a China também tem obtido frequentemente o apoio do amigo Moçambique”.

Para o futuro, o embaixador considera que há espaço para expandir ainda mais a cooperação bilateral, apontando sectores como a agricultura, a indústria e a construção de infra-estruturas como áreas com grande potencial. “Por isso temos ainda muita potencialidade nas cooperações bilaterais. Por exemplo, nas áreas da agricultura, indústria e construção das infra-estruturas ainda podemos discutir mais possibilidades de cooperação”.

Wang sublinhou as vantagens comparativas de Moçambique no contexto regional e internacional, destacando a localização estratégica e os abundantes recursos naturais como bases para o progresso sustentado. “Eu acho que Moçambique tem muitos avanços e muitas potencialidades de desenvolvimento. Por exemplo, Moçambique tem uma localização muito vantajosa, e porque vários países vizinhos têm usado os portos aqui de Moçambique”. O diplomata concluiu as suas declarações com uma nota de optimismo sobre o futuro do país. “Moçambique também tem muitas terras aráveis para desenvolver ainda. Moçambique também é um país rico em minerais, sobretudo o stock de gás natural, pois Moçambique está entre os maiores países do mundo. E o stock de titânio, carvão e outros minerais também são abundantes. Isto constitui uma base sólida para o futuro desenvolvimento de Moçambique. Acredito que com uma situação política estável Moçambique sempre vai ter uma boa perspectiva de desenvolvimento no futuro”.

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