Presidente da República preocupado com níveis de malária em Bilene

Data: 02/10/2023
 
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Bilene (Moçambique), 02 de Outubro de 2023 – O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, está preocupado com os níveis de malária no distrito de Bilene, província de Gaza, cujos casos subiram em 12 por cento no primeiro semestre deste ano comparativamente a igual período de 2022.

Em termos absolutos, o distrito registou 18.329 casos nos primeiros seis meses do corrente ano contra 16.396 casos do período comparativo do ano passado.

Bilene regista este aumento de casos da doença não obstante o facto de se assistir a uma tendência global da província, que tem estado a reduzir os casos notificados.

“Em termos do quadro de doenças mais frequentes, notamos com preocupação o aumento de casos de malária. Há mais problemas aqui. A província está a diminuir, mas Bilene não está a contribuir com a redução. Está a subir. Se Bilene diminuísse, a província diminuía”, lamentou o estadista para um cenário que também ocorre com a disenteria.

Assim, para o Presidente, estes perfis epidemiológicos convidam a todos os intervenientes para a maior concentração para compreenderem a origem destas doenças de modo a merecer maior e devida atenção.

“Portanto, aqui está o trabalho da Direção Provincial da Saúde para compreender e levar essa mensagem para a população saber o que tem de fazer para que isso não se verifique. Conhecendo as origens da malária, podemos dizer seguramente que as maiores e mais frequentes patologias deste distrito são causadas pelos determinantes sociais, portanto, ligados aos modos de vida e hábitos de comunidades e nas famílias”.

O Presidente Nyusi manifestou esta preocupação hoje durante a inauguração do Hospital Distrital de Bilene, na província de Gaza, uma unidade sanitária construída de raiz com fundos totalmente do Orçamento do Estado e no âmbito da iniciativa presidencial “Um distrito, um hospital”.

A unidade sanitária acabada de inaugurada está apetrechada com 120 camas, uma Maternidade, um Bloco Operatório, Laboratório, serviços de Raio X, morgue, sistema de abastecimento de água autónomo, entre outras alas. Pelo menos 138 profissionais passam a prestar serviços para mais de 850 mil habitantes, com destaque para sete médicos, 68 enfermeiros e outros técnicos especializados de saúde.

O Chefe de Estado disse na ocasião que a entrada em funcionamento desta infra-estrutura social marcava um passo importante na longa caminhada para assegurar que os moçambicanos tenham acesso universal aos cuidados de saúde de qualidade em alinhamento ao comando da Constituição e da Agenda 2030 das Nações Unidas para a saúde referente aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.