MAPUTO, 18 DE DEZEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou hoje, na Assembleia da República, que “o estado da Nação é de confiança renovada rumo a um desenvolvimento sustentável e inclusivo”, ao apresentar a Informação Anual sobre a Situação Geral da Nação, numa intervenção em que avaliou os primeiros meses de governação, reconheceu desafios e apontou perspectivas para o futuro do país.
Na sua comunicação ao Parlamento e ao país, o Chefe do Estado começou por contextualizar o momento, sublinhando que o acto solene se revestia de três significados especiais: a inauguração de um novo ciclo governativo, a celebração do 50.º aniversário da Independência Nacional e a comemoração dos 35 anos da consagração do multipartidarismo em Moçambique.
O Presidente Chapo esclareceu que, embora se trate formalmente de uma informação anual, o balanço incide sobre um período mais curto e particularmente exigente.
“É verdade que, formalmente, apresentamos uma informação anual. Porém, no rigor dos factos, trata-se de uma informação relativa a onze meses e três dias de governação, dos quais apenas oito meses corresponderam à governação plena, dado que o arranque do mandato foi afectado por episódios de instabilidade e sabotagem”, afirmou.
Apesar do contexto adverso, o estadista moçambicano sustentou que os primeiros oito meses revelaram “sinais fortes e inequívocos de uma nova forma de governar”.
Com efeito, destacou a estabilização da Nação, o diálogo nacional transformado em prática quotidiana, a aproximação real entre o Estado e os cidadãos, reformas corajosas nos alicerces do Estado, o reposicionamento institucional para combater desigualdades e a recuperação da confiança interna e externa numa governação transparente e orientada para resultados.
O Presidente da República referiu ainda que a sua governação tem sido guiada pelo contacto directo com os cidadãos, através de deslocações a todas as províncias e distritos, onde ouviu críticas, sugestões e expectativas. “Governar ouvindo o povo não é um slogan, é um método e uma escolha definitiva da nossa governação”, sublinhou.
O Chefe do Estado prosseguiu na sua intervenção reconhecendo, igualmente, o papel da Assembleia da República, salientando que a sua composição plural e o exercício da produção legislativa, da fiscalização e do debate democrático têm contribuído para o fortalecimento da democracia e para a consolidação da cultura de paz e tolerância no país.
Segundo explicou, o Informe apresentado segue a tradição da verdade, responsabilidade e transparência, mas diferencia-se pelo enfoque no cumprimento das promessas feitas ao povo durante a campanha eleitoral e no discurso de investidura. O documento aborda realizações e falhas, a necessidade de acelerar medidas urgentes e o compromisso do Governo com mudanças profundas reclamadas pelos cidadãos.
Ao apresentar a “fotografia” do país, o Chefe do Governo considerou legítimo questionar o estado actual da Nação, reconhecendo a diversidade de avaliações numa democracia.
“Cada moçambicano fará a sua avaliação. Cada Deputado terá a sua leitura. Cada analista na imprensa fará o seu juízo. […] Assim funciona uma democracia madura como a nossa”, afirmou, reconhecendo também o impacto da violência vivida por alguns cidadãos. Concluindo, o Presidente Daniel Chapo reiterou que, do ponto de vista do Executivo, o país apresenta hoje sinais de maior confiança, fruto do esforço para garantir salários, recuperar a confiança dos investidores e criar condições para melhorar a vida das famílias moçambicanas, tendo terminado a sua intervenção com votos de festas felizes, em nome do Governo, em seu nome próprio e no da sua família, a todas as famílias moçambicanas.