MAPUTO, 14 DE DEZEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou este domingo que a formação especializada constitui uma das principais armas do Estado moçambicano no combate aos crimes emergentes e às ameaças à ordem e segurança públicas, defendendo uma Polícia profissional, disciplinada e próxima das comunidades, durante o encerramento do Sétimo Curso de Sargentos da Polícia em Ciências Policiais, realizado na Escola de Sargentos da Polícia Tenente-General Oswaldo Assahel Tazama (ESAPOL), no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.

Na sua intervenção, proferida na qualidade de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), o Chefe do Estado sublinhou que o curso agora concluído representa um marco concreto da visão do Governo para o reforço das capacidades institucionais da Polícia da República de Moçambique (PRM), num contexto regional marcado por desafios complexos à segurança.

“Como é de domínio público, nos últimos tempos, a região austral, onde Moçambique faz parte, tem sido palco de muitos eventos ameaçadores da ordem e tranquilidade públicas”, afirmou o Presidente Chapo, apontando fenómenos como raptos, tráfico de seres humanos e de órgãos humanos, crimes cibernéticos, branqueamento de capitais e terrorismo como ameaças directas ao desenvolvimento do país.

O estadista moçambicano recordou que, na inauguração da sua governação, a 15 de Janeiro de 2025, assumiu o compromisso de apostar na capacitação técnica e científica das forças de segurança, sublinhando que “este curso, cujo encerramento hoje presenciamos, é uma das provas vivas da materialização desta nossa visão”.

Outrossim, destacou que o encerramento do curso vai além do simbolismo cerimonial, devendo traduzir-se num reforço efectivo da capacidade operativa da PRM. “Mais do que um momento festivo, este encerramento deve constituir um valor acrescentado por trazer para a corporação novas valências, resultantes dos conhecimentos e habilidades adquiridos”, disse.

Dirigindo-se aos formadores e instrutores da ESAPOL, o Chefe do Estado defendeu uma aposta contínua na qualificação do corpo docente, frisando que “estamos a afirmar que o formador deve-se formar permanentemente, para poder ensinar com qualidade”, de modo a responder às exigências crescentes da segurança pública.

Aos novos sargentos, apelou a uma actuação exemplar e baseada na legalidade, sublinhando que a liderança policial deve assentar no exemplo. “Queremos uma Polícia que se imponha pela forma de estar, de ser e de fazer, no contacto com o nosso povo. Queremos uma Polícia que impõe respeito e disciplina, mas também uma Polícia amiga do nosso povo”, afirmou.

O Presidente da República orientou igualmente para que os graduados continuem a investir na autoformação e na aprendizagem contínua, advertindo que “a vossa formação profissional não termina com o fim do curso hoje”, sendo necessário treino permanente para responder, física e psicologicamente, às exigências da função policial.

No plano operacional, defendeu uma integração bem monitorada dos novos efectivos e anunciou que estes deverão reforçar a segurança durante a quadra festiva. “Este reforço de efectivo deverá resultar em festas tranquilas para o povo moçambicano, festas seguras para o povo moçambicano e festas harmoniosas para o povo”, disse, esclarecendo que a presença policial deve servir para apoiar, e não constranger, o cidadão. Antes de encerrar, o Chefe do Estado expressou reconhecimento aos membros das FDS nacionais e aliadas empenhados no combate ao terrorismo em Cabo Delgado e noutras zonas do país, felicitou os graduados e suas famílias.