
MAPUTO, 24 DE MARÇO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, iniciou esta segunda-feira uma visita de trabalho de três dias à província de Niassa, com um comício popular na capital, Lichinga. Diante de uma multidão entusiasmada, o Chefe de Estado reafirmou o compromisso de governar junto do povo e para o povo, destacando a importância da paz e da reconciliação como pilares para o progresso nacional.
“No dia 15 de Janeiro, durante a nossa tomada de posse, dissemos que vamos governar perto do povo, vamos governar com o povo, vamos governar para o povo e vamos governar como povo, é por isso que estamos aqui”, declarou o Presidente, que agradeceu à população de Lichinga e de toda a província de Niassa pelo apoio, sublinhando que a sua visita inclui reuniões com diversas entidades, como empresários, líderes comunitários e a realização de uma sessão do Conselho de Ministros, para avaliar o desenvolvimento da região.
A população de Lichinga teve a oportunidade de expressar suas preocupações, destacando a necessidade de redução do custo de vida e combatendo casos de corrupção na atribuição de vagas na Função Pública e em instituições de ensino técnico. Apesar desses desafios, os cidadãos também reconheceram os avanços já registados na governação actual, demonstrando confiança nos esforços do Executivo.
Durante o comício, Daniel Chapo transmitiu felicitações aos moçambicanos que celebram o Ramadão e a Quaresma, além de homenagear as mulheres pelo mês de Março. “Viemos dizer muito obrigado à população de Lichinga, muito obrigado à população de Niassa. E trazemos aqui algumas mensagens”, afirmou, antes de apresentar os ministros que o acompanham na visita e anunciar a realização da sessão do Conselho de Ministros em Lichinga esta semana.
O Chefe de Estado abordou avanços na gestão pública, incluindo a resolução de preocupações dos funcionários públicos e antigos combatentes sobre o pagamento de pensões. Contudo, reconheceu que ainda há desafios a serem superados. Enfatizou a paz como o pilar fundamental para o desenvolvimento, alertando que “não se desenvolve um país com violência, porque violência gera violência. Não se desenvolve um país com ódio, porque o ódio gera ódio. Não se desenvolve um país com maldade, porque maldade gera maldade”.
Chapo destacou a importância do diálogo e da reconciliação, incentivando os moçambicanos a promoverem a paz no seio familiar, nas comunidades e em todas as esferas da sociedade. “Temos que nos unir entre moçambicanos, do Rovuma ao Maputo, e perceber que quando temos preocupações, desavenças, ninguém deve fazer justiça pelas próprias mãos, pois temos instituições”, reforçou.
O Presidente abordou ainda o Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, assinado em 5 de Março, como um passo crucial para garantir a estabilidade do país após as eleições. Sublinhou que o acordo é apenas o início de um processo que visa envolver todas as forças vivas da sociedade moçambicana e instou a população a participar activamente.
No seu discurso, também reconheceu os progressos alcançados desde a independência nacional, mas ressaltou a necessidade de continuar investindo em infra-estruturas essenciais como água, energia, estradas, escolas e hospitais. “É por isso que estamos aqui, para continuarmos a trabalhar com o nosso povo para trazermos mais água, mais energia, mais escolas, mais medicamentos”, afirmou. Para concluir, Chapo destacou o potencial agrícola da província de Niassa como uma oportunidade para a criação de empregos para os jovens e reafirmou o compromisso do governo no combate à corrupção. “Temos que continuar mais unidos, trabalhar para que haja paz e reconciliação, para que haja perdão entre os moçambicanos, porque só assim vamos construir Moçambique”, finalizou.