MAPUTO, 06 DE DEZEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, procedeu neste Sábado, em Maputo, ao lançamento oficial do Concurso Nacional de Literatura, iniciativa enquadrada nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional.

O acto ocorreu numa cerimónia que reuniu escritores, na Associação dos Escritores de Moçambique, consolidando o compromisso do Estado com a valorização da identidade artística e com a preservação da memória colectiva de Moçambique.

O Chefe do Estado recordou que, logo no início do seu mandato, recebeu escritores e representantes das artes criativas na Presidência da República, tendo prometido que este encontro não seria apenas institucional, mas sim o início de uma relação de proximidade e de construção conjunta.

“A cultura é o espelho mais fiel de uma nação”, afirmou, lembrando que é através dela que se registam as lutas, as vitórias e o imaginário colectivo que permite ao país caminhar com dignidade e confiança.

Durante as últimas cinco décadas, acrescentou, Moçambique projectou-se ao mundo através da literatura, da música, do cinema, da dança, do teatro e das artes visuais. Essas expressões, frisou, foram canais de resistência, criatividade, educação e construção de cidadania. “A arte moçambicana foi protagonista e tornou o país reconhecido no continente e no mundo,” destacou.

O Presidente da República destacou que o concurso nasce para inspirar novas gerações a escrever, filmar, desenhar e recriar, levando para o futuro a herança de cinco décadas de soberania. “O futuro da arte moçambicana está nas mãos da geração que nasceu depois da independência”, disse, explicando que cabe aos jovens reinterpretar o passado e desenhar os caminhos que virão.

A participação juvenil, acrescentou, não deve ser apenas comemorativa, mas activa e transformadora. A literatura e o audiovisual — pilares centrais do concurso — permitem eternizar momentos, emoções e visões. Uma obra, lembrou o Presidente, pode atravessar várias gerações, continuar a ensinar, provocar debate e inspirar a construção de um país mais justo.

O Chefe do Estado reafirmou o compromisso do Governo com o investimento no sector cultural, considerando-o estratégico para o desenvolvimento económico. “Cultura é futuro”, disse, reiterando que a criatividade gera emprego, movimenta indústrias, dinamiza o turismo, fortalece a coesão social e contribui para uma sociedade mais inclusiva.

Entre as prioridades descritas para o sector, o Presidente anunciou o reforço de políticas de incentivo à criação artística, o apoio à produção literária e audiovisual, a expansão de bibliotecas, centros culturais eespaços de exibição, além de mecanismos de salvaguarda do património histórico nacional. O objectivo, afirmou, é consolidar um ecossistema cultural dinâmico, responsável e economicamente produtivo.

O Concurso Nacional de Literatura, que doravante terá carácter anual, pretende ser um palco de encontro entre gerações: os mais velhos partilhando memórias e vivências do processo de independência; os mais novos reinterpretando o passado e abordando, com liberdade criativa, os desafios e sonhos da Moçambique do presente e do futuro.

O estadista moçambicano encorajou escritores consagrados, cineastas, jornalistas, estudantes e novos talentos a participar com autenticidade, coragem e ambição. “Celebrar 50 anos de independência é criar, escrever e mostrar ao futuro o que fomos capazes de construir como nação,” afirmou.

O Presidente Daniel Chapo desejou, no fim do seu discurso, inspiração aos concorrentes e sabedoria ao júri, expressando confiança de que desta iniciativa surgirão obras dignas do génio criador do povo moçambicano. Finalizou lembrando que a cultura iluminou o caminho da libertação e continuará a iluminar o caminho da soberania.