MAPUTO, 27 DE NOVEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, defendeu hoje, no encerramento da Conferência Económica “Visão M”, do Millennium BIM, que Moçambique deve posicionar-se de forma estratégica na nova geoeconomia global, afirmando que “não basta crescer; é preciso crescer com visão partilhada”, e reiterou que o país está preparado “para competir, para liderar e para vencer”.
No seu discurso de ocasião, o estadista moçambicano enalteceu a realização da conferência numa dupla ocasião simbólica: os 30 anos do Millennium BIM e os 50 anos da Independência Nacional. Para o governante, estes marcos recordam que “o progresso económico é inseparável da afirmação política, da maturidade institucional e da visão estratégica com que construímos o futuro da nossa Nação moçambicana”.
O Presidente da República saudou os empresários moçambicanos, que, segundo afirmou, “todos os dias levantam este país com esforço no meio de riscos”, bem como os investidores estrangeiros que continuam a apostar no mercado nacional, reconhecendo que são parte fundamental da construção de “prosperidade conjunta”.
“Moçambique vê em vós parceiros indispensáveis para o crescimento; para o desenvolvimento; para a diversificação da nossa economia”, disse.
O Chefe do Estado destacou ainda o contributo dos painelistas e, em especial, do antigo Vice-Primeiro-Ministro português, Paulo Portas, cuja intervenção classificou como “lúcida e estratégica”. Considerou-o um comunicador capaz de “tornar acessíveis temas complexos” e de enriquecer o debate sobre o posicionamento de Moçambique no xadrez geopolítico mundial.
Ademais, alertou que o mundo vive “um tempo de transformações tectónicas e aceleradas”, marcado por tensões geopolíticas, volatilidade financeira e reconfiguração das cadeias de valor. Por isso, sublinhou, Moçambique deve analisar estas dinâmicas “com rigor para melhor se posicionar com relevância e competitividade”, aproveitando as oportunidades emergentes.
O estadista reafirmou o compromisso do Governo com a transformação estrutural da economia e a busca da independência económica, defendendo uma aposta firme na energia, turismo, agroindústria, corredores logísticos, economia azul, digitalização e inserção inteligente na geoeconomia global. “Queremos transformar as nossas vantagens naturais em prosperidade real para o povo moçambicano”, enfatizou.
O Presidente moçambicano valorizou igualmente o papel do sistema financeiro, afirmando que a banca deve ser inclusiva, ampliar o crédito, apoiar as pequenas e médias empresas e investir em tecnologia. Considerou o Millennium BIM um dos pilares da modernização económica do país, enaltecendo os seus 30 anos de promoção da bancarização, financiamento à produção e inovação tecnológica.
Antes de encerrar, deixou três apelos: ao sector privado, para investir com “coragem e agressividade”; ao sistema financeiro, para ser “mais ousado, mais inovador e mais inclusivo”; e à Administração Pública, para “reformar, simplificar e digitalizar”, reforçando a confiança no ambiente de negócios. Concluindo a conferência, o Presidente Daniel Chapo afirmou que “Moçambique está preparado para competir, está preparado para liderar, está preparado para vencer”, sublinhando que o futuro económico do país dependerá da unidade entre o Estado, o sector privado e todos os cidadãos”.