MAPUTO, 17 DE NOVEMBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, desafiou hoje, na sua qualidade de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), o Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF) a intensificar os seus estudos para “estar, sempre, um passo mais adiantado do que os inimigos do nosso Povo” no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

O Chefe do Estado lançou o repto no seu discurso proferido hoje, no município da Matola, por ocasião do encerramento da 1ª edição do Curso de Defesa Nacional (CDN), do 12º curso de Estado-Maior Conjunto (CEMC) e do 14º curso de Promoção a Oficial Superior (CPOS) no ISEDEF.

Na ocasião, o Comandante-Chefe das FDS orientou ainda a direcção máxima das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para que alguns dos recém-graduados sejam enviados directamente para o Teatro Operacional Norte, visando o reforço da segurança nacional.

O Presidente Chapo iniciou a sua intervenção congratulando os finalistas, afirmando que a sua graduação é “uma prova irrefutável de que fizeram a sua formação com dedicação, com responsabilidade, com competência, devoção e firmeza”.

Além disso, sublinhou que o contexto global actual exige respostas científicas que são a chave-mestra para encarar e resolver diversos tipos de desafios, incluindo ameaças militares e não militares.

Neste sentido, o governante desafiou o Instituto a “continuar a reinventar-se na busca de respostas a esses desafios que abalam a nossa Pátria Amada”, através da formação de quadros com valências capazes de “perceber com antecedência, enfrentar e vencer qualquer tipo de ameaças”. O Chefe do Estado enfatizou que, “cientes de que os terroristas estão frequentemente a aperfeiçoar e a mudar o seu modus operandi,” é crucial que o ISEDEF se mantenha proactivo e na vanguarda do conhecimento.

A formação, segundo o Presidente da República, constitui um factor essencial para o futuro do país, pois os graduados estão “melhor preparados para lidar com este e outro tipo de ameaças à soberania nacional, à nossa independência e à nossa integridade territorial”. Por isso, a partir de hoje, “a pátria chama por vós para colocarem em prática e com criatividade os conteúdos que apreenderam nesta formação, para melhor contribuírem na defesa dos interesses mais supremos do nosso povo”.

Ademais, o estadista moçambicano destacou a importância da inclusão de auditores civis no Curso de Defesa Nacional, como Presidentes dos Conselhos de Administração de empresas públicas, para que “todos nós, como moçambicanos, percebamos por que é que a defesa nacional não é só da responsabilidade das Forças Armadas, mas de todos os moçambicanos”. O líder da nação moçambicana aproveitou a ocasião para convidar outros actores sociais a participarem nas próximas edições.

Ao abordar a situação em Cabo Delgado, o governante afirmou que a situação político-militar é “estável”, mas reconheceu que a província “ainda se debate com alguns focos de terrorismo”, o que “preocupa-nos bastante”. Contudo, o Comandante-Chefe notou “alguma melhoria da situação”, que permitiuabrir caminho para a retoma do projecto de Gás Natural Liquefeito.

“Não estamos a afirmar que já não há terrorismo em Cabo Delgado. Não! Simplesmente, estamos a dizer que as nossas Forças Armadas, as Forças de Defesa e Segurança, no seu todo, estão no terreno a defender o seu povo destes ataques esporádicos”. Por fim, o Comandante-Chefe das FDS reiterou as felicitações aos finalistas e declarou encerrados os três importantes cursos que, segundo ele, “vão reforçar a muralha defensiva da República de Moçambique”. Aos graduados, advertiu que os diplomas são “cartões de embarque” para levá-los a “missões mais complexas e, por vezes, espinhosas de defesa à pátria moçambicana”.

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