MAPUTO, 08 DE OUTUBRO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, desafiou hoje, em Maputo, os novos Reitores e Vice-Reitores das Universidades Lúrio, Zambeze e Eduardo Mondlane a liderarem com visão transformadora a missão de colocar o ensino superior ao serviço do desenvolvimento científico, social e económico do país.
O Chefe do Estado apelou à liderança ética, à aposta na investigação e à integração da inteligência artificial e da inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, sublinhando que “as universidades não podem ficar à margem das mudanças globais”.
Ao empossar os novos dirigentes académicos, o Presidente Daniel Chapo afirmou que o acto não se limitava a uma mera formalidade administrativa, mas simbolizava uma renovação de compromissos com o saber, com a juventude e com o futuro da nação moçambicana.
Foram empossados Eusébio Víctor Macete, como Reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio); Luís Miguel Estevão Cristóvão, como Reitor da Universidade Zambeze (UniZambeze); Mohsin Mahomed Sidat, como Vice-Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM); e Alexandre Hilário Monteiro Baía, como Vice-Reitor da UniZambeze.
O estadista realçou que as universidades públicas moçambicanas desempenham um papel central na consolidação do Estado e na afirmação da soberania intelectual do país, por serem a consciência crítica da nação e o espaço onde se molda o pensamento nacional, se promove a inovação tecnológica e se alimenta a esperança das gerações vindouras.
O Presidente da República destacou que é nas universidades “onde se formam os médicos que salvam vidas, os engenheiros que constroem pontes e infra-estruturas, os juristas, economistas, professores e cientistas que desvendam os segredos do nosso universo”, reforçando que estas instituições “têm um papel central no desenvolvimento humano, científico, social, ambiental e cultural do nosso belo Moçambique”.
Referindo-se aos desafios do presente, o dirigente alertou que “o mundo de hoje vive transformações super aceleradas”, impulsionadas pela revolução digital, inteligência artificial, biotecnologia e economia verde. Sublinhou que “a inteligência artificial deve ser vista não como uma ameaça, mas como uma aliada poderosa”, devendo ser usada “para expandir a mente humana, aumentar a produtividade científica e melhorar a qualidade do ensino no nosso país”.
O Chefe do Estado dirigiu também orientações específicas a cada instituição. À UniLúrio, confiou o desafio de “fortalecer a pesquisa científica nas áreas de saúde, ambiente e ciências do mar”, aproveitando as vocações naturais do Norte do país.
À UniZambeze, incumbiu a missão de “consolidar a integração entre ensino, pesquisa e extensão”, transformando-a “num centro de excelência e num polo de desenvolvimento regional”. À UEM, exortou a ser “modelo nacional de inovação e investigação”, liderando o debate sobre a ética e o uso da inteligência artificial no ensino superior.
O Presidente Chapo reafirmou que a ciência constitui o motor do progresso e assegurou que o Governo continuará a apoiar as universidades públicas na melhoria das infra-estruturas, na capacitação dos docentes e na promoção da investigação aplicada.
Ademais, defendeu que as instituições de ensino superior devem ultrapassar os limites dos seus muros académicos, colocando o conhecimento ao serviço dos agricultores, dos jovens empreendedores, das mulheres inovadoras e das pequenas e médias empresas moçambicanas.
Exortou ainda à criação de redes de cooperação entre universidades e à formação de cidadãos críticos, criativos e empreendedores. “Liderar uma universidade é liderar o pensamento de uma geração. O futuro de Moçambique depende do que formos capazes de pensar, de ensinar e realizar nas nossas universidades”, afirmou. Já na parte final do seu discurso, o Presidente da República dirigiu palavras de reconhecimento aos Reitores e Vice-Reitores cessantes pelo contributo dado ao ensino superior.