MAPUTO, 10 DE SETEMBRO DE 2025 – O Diálogo Nacional Inclusivo entrou numa fase determinante de auscultação pública, reunindo hoje, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, na Cidade de Maputo, representantes de partidos políticos, sociedade civil, academia, sector privado, jovens, mulheres, autoridades tradicionais e a diáspora moçambicana.

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, que lançou o processo de auscultação pública nacional e na diáspora, destacou que esta fase é mais do que um exercício administrativo: é um compromisso com a construção de consensos nacionais e com a valorização de cada voz.

O Chefe do Estado enfatizou que o processo se baseia na escuta activa, atenção às aspirações e envolvimento de todos os moçambicanos. “Neste processo, todas as vozes contam, todas as mãos ajudam a construir e todos os sonhos têm lugar. Não há nem um moçambicano sequer que está excluído”, disse, reforçando que qualquer cidadão pode participar sem requerimentos formais.

O Presidente moçambicano recordou que a história de Moçambique demonstra a força da unidade na diversidade: “Moçambique nasceu e cresceu na pluralidade. A nossa História ensina-nos que a vitória contra a dominação colonial e a construção da independência só foram possíveis porque fomos capazes de colocar o interesse nacional acima de todas as diferenças”.

O evento contou com líderes partidários signatários do Compromisso Político, incluindo FRELIMO, RENAMO, PODEMOS, MDM e outros, bem como representantes de organizações da sociedade civil, associações profissionais, confissões religiosas e movimentos de cidadania. O estadista sublinhou que todos os moçambicanos, dentro e fora do país, estão convidados a contribuir.

Outrossim, destacou o papel de parceiros internacionais como a União Europeia e as Nações Unidas, cujo apoio fortalece a credibilidade do processo e garante bases sólidas para o diálogo. “Este gesto de solidariedade não apenas reforça o nosso processo democrático, como também demonstra que Moçambique não caminha sozinho, mas caminha de mãos dadas com parceiros que partilham connosco os ideais da paz, da unidade nacional e do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O Chefe do Estado elogiou a Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo e os 10 Grupos de Trabalho, pedindo que actuem com independência, imparcialidade e espírito patriótico. “Este não é um processo de um grupo, nem de uma organização ou de um partido — é um processo de toda a Nação Moçambicana. É um processo do povo moçambicano”, afirmou.

O Presidente Chapo reconheceu ainda o papel vital da imprensa e das plataformas de cidadania, que têm alimentado debates e reflexões em todo o país e na diáspora, tornando o processo mais transparente, inclusivo e participativo. Concluindo, o Presidente Daniel Chapo reforçou que unidade e diversidade são indissociáveis do futuro de Moçambique: “Hoje, afirmamos perante o nosso povo e perante o mundo que Moçambique é de todos os moçambicanos, sem distinção alguma, e todos cabem em Moçambique. Unidos, construiremos um Moçambique em paz, reconciliado, desenvolvido, com independência económica, com soberania, com integridade territorial e com desenvolvimento sustentável alcançados. Por isso, unidos sempre venceremos”.

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