MAPUTO, 30 DE MAIO DE 2025 – O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou esta Sexta-feira, na Matola, que a expansão do Terminal de Carvão e a inauguração da nova sede da Grindrod Moçambique representam “o início de uma jornada de imensas perspectivas” para o sector da logística, reafirmando a aposta do Governo na ferrovia como eixo central do Corredor de Maputo.

Destacou o investimento de 80 milhões de dólares como sinal de confiança na resiliência da economia moçambicana e defendeu uma acção coordenada entre sector público e privado para transformar o país num hub logístico competitivo e moderno na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Na cerimónia realizada no Terminal de Carvão da Matola, o Chefe do Estado destacou o simbolismo da nova infra-estrutura inaugurada. “É com enorme satisfação que procedemos à inauguração do novo edifício dos escritórios da Grindrod, no Terminal de Carvão da Matola e, em simultâneo, marcamos o início das obras de expansão e aumento de capacidade deste terminal”, declarou.

Segundo o Presidente Chapo, as infra-estruturas portuárias da Grindrod representam cerca de 27 por cento do volume total da carga manuseada no Porto de Maputo em 2025. “Regozijamo-nos com os investimentos já concretizados, mas é o futuro que nos entusiasma — um futuro feito de mais capacidade, mais eficiência e mais integração da nossa região da SADC”, afirmou.

O governante sublinhou que a expansão agora em curso permitirá aumentar a capacidade do terminal de oito para 12 milhões de toneladas anuais, num horizonte de dois anos, no quadro da extensão da concessão portuária por mais 25 anos, assinada entre o Governo e a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC, acrónimo em inglês). Serão introduzidas melhorias técnicas como novas áreas de estocagem, extensão de tapetes rolantes e equipamentos de carregamento.

O Presidente da República voltou a insistir na importância de reverter o crescimento do transporte rodoviário de carvão e magnetite, defendendo o uso prioritário da ferrovia. “Não é, por isso, aceitável que estejamos hoje a assistir a um crescimento do transporte rodoviário de carvão e magnetite — dois produtos que sempre tiveram a ferrovia como meio de transporte natural”, sublinhou, defendendo que a ferrovia “reassuma o seu papel central no corredor”.

O estadista defendeu uma mudança estrutural no sistema logístico nacional, reforçando a integração entre os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), a Transnet e o Porto de Maputo, como forma de impulsionar a competitividade e criar mais empregos. “Esta integração trará benefícios não somente a nível técnico-operacional, mas também terá impactos positivos nos domínios económico, social e ambiental”, disse.

Ao fazer um balanço dos investimentos em curso, o Chefe do Estado recordou que, há um mês, foi lançada a expansão do Terminal de Contentores do Porto de Maputo, orçada em cerca de 160 milhões de dólares. “Como podem ver, há um projecto de expansão do Terminal de Contentores, orçado em cerca de 160 milhões de dólares, e um projecto de expansão do Terminal de Carvão, orçado em cerca de 80 milhões de dólares”, destacou.

O Presidente moçambicano considerou que o desenvolvimento portuário deve estar ancorado num “ecossistema robusto e funcional”, que envolva o sector privado e todas as instituições públicas. “Estamos a falar da nossa migração, estamos a falar das nossas alfândegas e outras instituições públicas que colaboram para a eficiência da logística na região”, afirmou. No encerramento do seu discurso, o dirigente reafirmou o compromisso do Governo em garantir um ambiente de negócios favorável, promover o investimento e criar mais oportunidades de emprego, sobretudo para os jovens. “O nosso compromisso, enquanto Governo, é garantir um bom ambiente de negócios em Moçambique, assegurando as condições institucionais e políticas consentâneas para que este desenvolvimento ocorra de forma sustentável”, concluiu.

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